No dia 8 de fevereiro, festa de Santa Bakhita, é celebrado o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas. Em 2021, este dia destaca uma das principais causas do tráfico de pessoas: o modelo econômico dominante, cujos limites e contradições são agravados pela pandemia COVID-19.

«Nós, irmãs e leigas/os Oblatas do Santíssimo Redentor expressamos nossa comunhão e unidade com as diversas organizações que lutam contra o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Confiantes que “O Senhor vai acendendo luzes, sempre que precisamos delas”, é que nós, da Província Santíssimo Redentor, confirmamos e acendemos a vela da sintonia, da solidariedade, e da justiça nesse dia da Jornada de Oração pelo fim do tráfico de pessoas. SIM à vida e a autonomia e NÃO ao Tráfico de Pessoas!», destaca Ir. Lúcia Alves, da Rede Oblata Brasil.


Comunidade Nazaré – Oblatas RJ em Oração contra o tráfico de pessoas


Talitha Kum

O Comitê Internacional do Dia Mundial, coordenado por Talitha Kum – a rede de vida consagrada contra o tráfico de pessoas da União Internacional de Superioras e Superiores Gerais, está em parceria com a Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço ao Desenvolvimento Humano Integral, a Caritas Internationalis, a União Mundial das Organizações Femininas Católicas, o Movimento dos Focolares e muitas outras organizações envolvidas em nível local.

Assim, a partir das 10 horas, a oração que terá início na Oceania, Ásia e Oriente Médio e que chegará à África e Europa. Depois das palavras do Papa Francisco, será a vez da América Latina e por fim a América do Norte com a oração conclusiva.

Também será possível apoiar o Dia Mundial nas redes sociais por meio da hashtag oficial #PrayAgainstTrafficking.

(Benedetta Capelli – Vatican News)

Acompanhe ao vivo pelo YouTube: www.youtube.com/c/preghieracontrotratta

https://youtu.be/_citHoDPbo0

Sobre Santa Bakhita

«Santa Josefina Bakhita, mais conhecida como «Mãe Moretta» (nossa Mãe Morena), levou 144 cicatrizes físicas ao longo de sua vida; cicatrizes que foram recebidas depois que ela foi sequestrada aos nove anos e vendida em escravidão.

A experiência traumática era tal que ela esqueceu o seu nome de nascimento e seus sequestradores deram-lhe o nome de Bakhita, que significa ‘fortunada’. Açoitamentos e maltratamentos faziam parte de sua vida diária. Ela experimentou as humilhações morais e físicas associadas à escravidão. Foi apenas em 1882 que o seu sofrimento foi aliviado, depois de ter sido comprada pelo Cônsul Italiano. Este evento transformou sua vida. Nesta família e, posteriormente, em uma segunda casa italiana, ela recebeu de seus senhores, bondade, respeito, paz e alegria. Josefina veio a descobrir o amor de uma maneira profunda, apesar de que no começo não foi capaz de dizer qual era a fonte. 


Uma mudança nas circunstâncias de seus proprietários, fez que ela fosse confiada às Irmãs Canossianas do Instituto dos Catecúmenos em Veneza. Foi lá que Bakhita acabou por conhecer Deus, que desde ela era uma criança «já tinha experimentado em seu coração sem saber quem era Ele «. Foi recebida na Igreja Católica em 1890, unindo-se às freiras e fez sua profissão perpétua em 1896. Os cinqüênta anos seguintes de sua vida foram gastados em testemunhar o amor de Deus através da cozinha, costura, bordado e  atendendo à porta.  

Quando ela estava de serviço como porteira, ela gentilmente colocava as mãos sobre as cabeças das crianças que frequentavam a escola nas proximidades e acariciava-lhes. Sua voz era agradável para as crianças, e confortante para os pobres e sofredores. Ela era uma fonte de encorajamento. Seu constante sorriso ganhou os corações das pessoas, bem como sua humildade e simplicidade. À medida que avançava em idade, experimentava longos e dolorosos anos de doença, mas manteve-se perseverante na esperança, escolhendo sempre o bem.

Quando visitavam-lhe e perguntavam como ela estava, ela  respondia: «Como o Patrão deseja». Durante seus últimos dias de vida, ela reviveu os momentos dolorosos de sua escravidão e mais de uma vez implorou: «Por favor, afrouxe as correntes … são pesados!” Rodeada pelas freiras, ela morreu no dia 8 de Fevereiro de 1947.»

Fonte e mais informações: https://preghieracontrotratta.org/?lang=pt